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sábado, 9 de setembro de 2017

Death Note Netflix!



Confesso que não costumo assistir televisão. Ao menos não com a frequência de antigamente, como quando eu era criança, por exemplo. Se me viro para a televisão é para jogar videogame, num desses finais de semana vagos... A Netflix é para mim televisão, ou uma extensão dela. Então, eu muito pouco assisto da Netflix também e Somente algo que realmente me desperte atenção fará com que eu dê uma chance.

Umas três semanas atrás minha mãe me chamou para assistir ao filme Death Note da Netflix. Curioso com o produto, mas não o suficiente para me deixar eufórico, marquei de assistirmos na noite seguinte.

...E eis que na noite seguinte não assistimos. Só no fim de semana seguinte assistimos e os parágrafos seguintes formam a minha impressão do que foi Death Note Netflix (sim, passarei a chamar o filme assim nesse texto).


As Primeiras Impressões

Sinceramente, esse não foi o primeiro longa live action e nem será o último da série Death Note. Lembro de ter lido pela primeira vez sobre produções nipônicas de Death Note em live action desde 2009. Na citada época, tinha lido em alguma AnimeDo sobre as adaptações da série em longas 

As versões japonesas, como muitos já devem ter assistido, seguem a mesma linha do mangá/anime, o que é bom e ruim ao mesmo tempo. Se você quer ver uma produção cinematográfica narrando exatamente aquilo que você já viu, vá em frente. Agora, se quiser algo novo... vai ter que assistir Death Note da Netflix, que mesmo não sendo bom (e não é mesmo) é algo diferente.

Death Note ocidental é o tipo de filme que você investe a título de curiosidade. Seja pelo fato de você ser um fã da série ou por simples curiosidade.

A única vantagem é que, no conforto de seu sofá (cama, poltrona, o que preferir), sem pagar taxas adicionais além da mensalidade da Netflix, dá pra conferir o que fizeram nesse filme. Se o leitor desse texto vai se entreter ou não, aí "são outros quinhentos"...

A dica que dou é assistir sem grandes pretensões ou mesmo sem comparar ao anime e mangá - caso deseje algo próximo da franquia original, assista aos live actions japoneses.

Aqui em Death Note Netflix temos uma adaptação, e só algumas poucas referências (nomes dos personagens, atribuições específicas do Death Note, rítmo policial característico da narrativa do anime/mangá, nada que vá além disso) estão presentes no filme, logo, Death Note do Netflix não segue fielmente o plot do mangá como se deu na animação e alguns personagens estão bem diferentes do original, o que por si só não é nada de mais, só que os roteiristas americanos desenvolveram muito mal as personegens nesse longa.

Digo isso por se tornar extremamente frustrante a forma que eles moldaram certos personagens. O que me leva ao mais importante ponto da crítica.


O Pior de Death Note Netflix: Os Personagens

Se o leitor dessa resenha desconhece, Willem Defoe interpretou Ryuk nesse filme. O Duende Verde de Homem-Aranha foi Ryuk nesse longa. E acabou sendo um dos personagens que menos aparece, mais desnecessários e destoados de todo o longa.

Outra coisa que me chamou atenção é como Ryuk busca as sombras para dar aquele aspecto 'Dark' e de 'poucos amigos'. Se bem que mais parece o oposto do calangão de Dragon Ball Evolution que ao aparecer brilhava com maior intensidade que uma estrela explodindo sob Ozaru, o saiyajin lobisomem! Posso ter feito um monte de comparações à Dragon Ball, pois no final das contas esses dois produtos tem muito em comum, só que em proporções distintas.


O inoxidável Willem Defoe como Ryuk


Ryuk quando aparece no filme só percebemos a cabeça, o resto fica envolto em sombras. Se bem que a carranca do deus da morte é a mesma do mangá.

SPOILER: Na cena em que ele surge pela primeira vez para Light lembra até um boneco de Olinda. Depois disso, breves relances do corpo são revelados, só a feia carranca fica a mostra.

E antes que eu me esqueça. a maior decepção de todas: Light Turner. Para começar a matar adoidado ele até que tinha uma motivação apresentada no início do filme, mas certas atitudes tomadas por ele no decorrer do filme condizem mais com o que o Raito Yagami do mangá/anime faria do que com Light Turner.


Margaret Qualley como Mia (ou Misa)


O roteirista tentou dar ares de inteligência à Light Turner no início do filme mostrando o quão genial ele é por fazer o dever de casa dos outros e fazer um dinheirinho com isso. Se você se convenceu que ele é um inteligente rapaz do ensino médio, tudo bem, é compreensível, e fixe: só inteligente, como qualquer um pode ser apontado como tal; agora, se você acredita que esse exato sujeito é capaz de fazer as coisas que se desenrolam no filme, aí é que se encontra o pior de todos os erros.

Em síntese, Light Turner durante o filme aos poucos se mostra como uma besta quadrada, dando espaço à Mia (Misa do Netflix) alguns dos momentos mais próximos de interessante na adaptação.

Nat Wolff como Light


As reviravoltas mirabolantes no embate entre Light e L estão também presentes aqui. Só que na versão da Netflix dificilmente te convence que seria de alguma forma possível Light Turner ter pensado determinada ação com tamanha maestria.

Algo posso deixar bem claro: L é o mais bem desenvolvido personagem. Está longe de ser perfeito, mas ainda assim foi a melhor coisa que consegui encontrar nessa versão de Death Note.


Lakeith Stanfield como L


Conclusão

Ora, o filme é ruim. Digo, fracassa em inúmeros pontos, tanto na adaptação que é bem genérica e não aproveita quase nada dos desfechos inteligentes e complexos da série original, assim como falha igualmente na tentativa em dar personalidade própria às personagens do filme, mas ainda vale uma conferida despretensiosa. Nada além de conferir para tirar suas próprias opiniões sobre o que escrevi.
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Clovis de Casto escreveu a presente resenha.

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